setembro 16, 2010

Isso sim que é vida boa

Conta a lenda verdadeira que a Aspirina, antes se ser Aspirina, declamou esta poesia na Escola Redentorista Instituto Menino Deus, em 1992 ou 1994, não se sabe ao certo. Ela encontrou o texto num livro da biblioteca, que ela adorava!. Se apresentou no palco, e ganhou até um livro de prêmio de primeiro lugar!! :)

E desde então... não esqueceu (só se confunde no meio... mas...) da poesia...

E agora, depois de 9 anos de Aspirina, percebe como há quase duas décadas atrás, já estava prevendo seu futuro em versos!!!

Poema: Isso Sim Que é Vida Boa


Livro Cavalgando no Arco Íris

(a ordem das estrofes finais pode estar errada, assim como algumas palavras, porque na internet só tem disponível parte da poesia, e completada com a memória da Aspirina)


Eu queria ser de circo.
Ai, que vida original!
Trabalhar todas as noites,
Divertindo o pessoal.


Os aplausos da platéia,

toda aquela vibração,

sempre novas gargalhadas,

sempre mais animação!

Eu queria ser de circo,

conhecer os bastidores,

que a platéia nunca vê
ver de perto os domadores,

ver as focas amestradas,

ver a jaula do leão.

ver a cara do palhaço

sem pintura e fantasia,


e ver se a mulher barbada

faz a barba todo dia.


Lá no circo, eu imagino,

mal termina a função,

os artistas vão comer,

sem pagar nenhum tostão!

A pipoca que quiserem,

quanto for que os contente,

um montão de algodão doce,

guaraná e cachorro-quente. Isso sim que é profissão,
não conheço outra melhor.
E é isso que vou ser,
assim que ficar maior.
Só não sei o que faria,
que função ia escolher,
pois um circo é variado,
tanta coisa tem pra ser...

O trapézio é maravilha,
só que está longe do chão,
e engolir faca ou fogo,
não é boa ocupação.
O arame é muito estreito,
eu podia escorregar,
o leão é muito bravo,
é melhor não arriscar.

Tem também malabarismos,
mas não sei como fazer.
E um emprego de gigante,
qualquer um não pode ter.
Ser mágico eu não quero,
eu seria incapaz,
pois um truque perde a graça,
se eu souber como se faz.
Para empregos como esse,
eu seria um fracasso.
Só me resta uma saída:
eu vou mesmo é ser palhaço!

Poema do livro: Cavalgando o arco-íris - Pedro Bandeira

Fotos do poema e a apresentação da Aspirina e o Ventania, no projeto Cultura e Lazer na Praça, da Secretaria do Desporto e Cultura (SEDEC) de Passo Fundo-RS.

Elenco do público: Estudantes da Escola Protásio Alves

As atividades do projeto acontecem toda sexta-feira na Praça Tochetto, para saber mais e acompanhar a programação acesse: http://programaculturacao.blogspot.com/2010/08/programa-arte-e-lazer-na-praca-da.html